sábado, 17 de agosto de 2013

Glossário: “Um Bar no Folies-Bergère” (1882), Édouard Manet

Bar-em-Folies-Bergère
“Um Bar no Folies-Bergère”, pintado por Édouard Manet em 1882, um ano antes de sua morte. Retrata uma cena no café concerto Folies-Bergère. O cenário foi construído no atelier do artista, e a modelo, Suzon, era uma jovem que trabalhava no famoso café em Paris.
A obra não foi bem aceita. Há quebras na perspectiva, e os reflexos destoam de uma realidade matematicamente calculada. Mas criar este jogo de ilusões parece ser justamente a intenção de Manet.
Destaques da obra “Um Bar no Folies-Bergère”:
• A composição: quadro de muitos elementos. Não há um ponto de fuga que oriente a visão, organizar mentalmente os elementos do quadro é um desafio para o observador. Os braços da garçonete e os objetos no balcão formam uma pirâmide com as flores no colo da moça – apontando, consequentemente, para o seu rosto. Assim, o destaque é a sua expressão.
• As cores: diferente de outros pintores de influências impressionistas, Manet sempre preferiu os tons pasteis às cores vibrantes. Esta obra não foge à regra:
• As pinceladas: irregulares, usando massas de tinta para dar forma e cor aos elementos.
• Suzon: rosto cansado, resignado com o olhar de quem a observa. Estática, parece ser mais um dos objetos do bar, contrastando com a movimentação e burburinho do salão.
• O reflexo de Suzon: não parece pertencer a Suzon, devido a postura.
• O homem refletido: seu reflexo parece vir de lugar algum. Está tão próximo que sua imagem real deveria tapar a visão do observador. Alguns afirmam que seria o reflexo do próprio observador.
• O espelho: mostra um grande salão, onde números de trapézio são apresentados. A burguesia observa a tudo em busca de diversão.
Mais informações sobre a obra:
Uma releitura da obra “Um Bar no Folies-Bergère”, realizada por Vik Muniz, pode ser vista aqui.
Ficha Técnica:
UN BAR AUX FOLIES-BERGÈRE, Autor: Édouard Manet, Ano: 1882. Técnica: óleo sobre tela
Tamanho: 130cmx96cm. Museu: Courtauld Institute Galleries, Londres.
http://abstracaocoletiva.com.br/2012/11/09/um-bar-no-folies-bergere-analise/

Glossário: Flor do Mangue (1973) – Franz Kracjberg

Flor do Mangue – Franz Kracjberg


Artista polonês que se refugiou no Brasil depois da 2º Guerra Mundial, conhecido pelo conteúdo ecológico de sua obra. Flor do Mangue (1973), é uma escultura de grande porte - mede 12 X 8 metros e 5 metros de altura. Foi construída a partir de resíduos de árvores de manguezais destruídos pela especulação imobiliária.

Glossário: Sarah Bernhardt, fotografia, 1859, de Félix Nadar



Sarah Bernhardt - NADAR
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html -

 Para muitos, as fotografias de Félix Nadar, pseudônimo de Gaspard-Félix Trounachon (1820 – 1910), são um reflexo de sua excêntrica personalidade. Também jornalista e caricaturista, tornou-se famoso não apenas por seus retratos e desenhos de importantes personalidades francesas, mas também por sua paixão por tecnologia e aventura. Adotou o sobrenome Nadar para escrever em jornais e passou a vender suas caricaturas para folhetins humorísticos. Mesmo que no início da década de 1850 já fosse um fotógrafo renomado, foram suas extravagâncias que o tornaram famoso. O edifício que abrigava seu estúdio, por exemplo, foi pintado de vermelho e ganhou uma imponente fachada para se tornar uma de referência, transformando-se rapidamente em um ponto de encontro da elite intelectual de Paris.
Sarah Bernhardt, fotografada por Nadar,   foi atriz e cortesã francesa, chamada por alguns como "a mais famosa atriz da história do mundo". Bernhardt fez sua reputação nos palcos da Europa na década de 1870, e logo passou a ser exigida pelos principais palcos do continente e dos Estados Unidos. Conquistou uma fama de atriz dramática, em papéis sérios, ganhando o epíteto de "A Divina Sarah".
Seu papel mais marcante foi o da peça A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Em seu tempo, Sarah Bernhardt teve uma grande influência na grand opera, uma influência que continua até hoje. Tosca e Salomé, por exemplo, contêm duas das heroínas mais sensacionais, ambas baseadas em peças escritas especialmente para ela.

Glossário: Ave Maria (1955), Victor Brecheret


Ave Maria 1 (1955) – Victor Brecheret (Túmulo Família Scuracchio). Cemitério São Paulo/SP.

Arte tumular. Foi a última obra de Brecheret, concluída em 1955, no ano de sua morte. Ave Maria (Anjos) São dois anjos com as mãos em reza e ao centro uma grande cruz. Base tumular plana em mármore onde se erguem duas esculturas em bronze de dois anjos eretos, com as mãos unidas na altura do peito como se orassem e fizessem uma prece. Apresentam grandes asas com as pontas tocando o solo. Um está virado de frente para o outro, com os olhos cerrados , separados por uma cruz alta, também em bronze. Nota-se que o autor usou o estilo expressionista para esculpir os anjos. Atrás erguesse uma grande parede com cerca de 3 metros de altura, construída com placas de mármore onde estão as inscrições e o nome da família com uma coloração rósea. Nessa parede, atrás da cruz, um nicho representa um portal de passagem para o desconhecido do “outro lado” do umbral. Essa foi a ultima escultura realizada por Brecheret.

Glossário: Eldorado (acrílico sobre tela, 2001), de Nelson Screnci




Eldorado – Nelson Screnci (acrílico s/tela). 2001 - Nelson Screnci se assume como "artista militante" e define seu trabalho como "arte social". Um painel de 4 m x 1,20 m, Eldorado é uma visão da periferia paulistana - que o artista observa à distância, como se constatasse desolado as milhares de casinhas que nunca param de se reproduzir. Na cena inspirada na periferia, as casinhas, muito próximas umas das outras, são como módulos que, ritmados em formas simples, dividem um espaço de ninguém. Elas são incompletas por se encontrarem permanentemente em construção. E, por serem representações poéticas, o lado trágico e violento vivido por seus habitantes tão sofridos comparece de forma sutil. Está implícito nas combinações das cores que tentam ser alegres e nas formas improvisadas que refletem a sua luta pela sobrevivência. Ironicamente na cidade que seus ancestrais, em tempos remotos, pensavam ser o tão sonhado eldorado."Quero falar para o homem comum, atingir o público da periferia", diz o artista engajado. "A arte contemporânea está num beco. O público já se cansou de ver releituras de Duchamp e Beuys", critica ele. "Eu faço uma releitura da cor brasileira. Assumo influências de Volpi e de Lívio Abramo, recrio um clássico de Almeida Júnior." Screnci acredita que há preconceito contra releituras de artistas brasileiros. "Por que só podemos reler americanos e europeus?

Glossário: . Pelé e Michael Jackson (serigrafias sobre fotografia), de Andy Warhol




Pelé. Andy Warhol, serigrafia sobre papel Curtis g - 114,3 x 88,9 cm. Realizada na época em que o jogador de futebol morava nos Estados Unidos com sua família e jogava no New York Cosmos, onde encerrou sua carreira esportiva. Pelé, negro brasileiro, celebridade latino-americana de desempenho brilhante como esportista, foi convidado a atuar profissionalmente e viver nos Estados Unidos da América. Viveu uma história de superação das condições humildes em que nasceu e cresceu em seu país de origem, o que, de certa forma, o alinha à ideia de sucesso e reinvenção. Na gravura, Pelé, sorridente, ostenta uma bola de futebol com a qual toca a cabeça, mimetizando sua "cabeçada". Na bola podemos ver estampados seu nome e sua estrela, compondo uma imagem que sugere sucesso e satisfação ao mesmo tempo.

 

 

 

 

 

 


Michael Jackson. 1984 (serigrafia sobre fotografia). Andy Warhol. Ícone norte americano da Pop Art, o artista trabalhou o quadro de 76 por 66 centímetros, criado através da técnica de impressão em seda. Foi criado em 1984, na era do casaco vermelho do videoclip da música «Thriller». Controverso, Andy Warhol se apresenta, apesar de ter sempre utilizado os recursos da fotografia, como um artista que ajudou a construir a imagem de celebridades norte americana que se tem hoje. Para o bem ou para o mal, suas criações continuam influenciando gerações.

Glossário:Valentina, de Vik Muniz





Valentina (1998) – Vik Muniz,
Valentina é um retrato de 33x27 cm, feito por Vik Muniz, pintor, escultor e fotógrafo paulistano apelidado de o ilusionista, pelo fato de suas imagens terem muitos segredos. É a fotografia de um desenho feito por Vik Muniz, com açúcar sobre papel preto. Essa foto é a preferida de Muniz, onde é retratada em uma série chamada “crianças de açúcar”, onde critica o trabalho escravo infantil na lavoura de cana de açúcar. É considerada uma das mais rápidas obras, feita em 1998. A obra está na Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo.