sábado, 17 de agosto de 2013

Glossário: “Um Bar no Folies-Bergère” (1882), Édouard Manet

Bar-em-Folies-Bergère
“Um Bar no Folies-Bergère”, pintado por Édouard Manet em 1882, um ano antes de sua morte. Retrata uma cena no café concerto Folies-Bergère. O cenário foi construído no atelier do artista, e a modelo, Suzon, era uma jovem que trabalhava no famoso café em Paris.
A obra não foi bem aceita. Há quebras na perspectiva, e os reflexos destoam de uma realidade matematicamente calculada. Mas criar este jogo de ilusões parece ser justamente a intenção de Manet.
Destaques da obra “Um Bar no Folies-Bergère”:
• A composição: quadro de muitos elementos. Não há um ponto de fuga que oriente a visão, organizar mentalmente os elementos do quadro é um desafio para o observador. Os braços da garçonete e os objetos no balcão formam uma pirâmide com as flores no colo da moça – apontando, consequentemente, para o seu rosto. Assim, o destaque é a sua expressão.
• As cores: diferente de outros pintores de influências impressionistas, Manet sempre preferiu os tons pasteis às cores vibrantes. Esta obra não foge à regra:
• As pinceladas: irregulares, usando massas de tinta para dar forma e cor aos elementos.
• Suzon: rosto cansado, resignado com o olhar de quem a observa. Estática, parece ser mais um dos objetos do bar, contrastando com a movimentação e burburinho do salão.
• O reflexo de Suzon: não parece pertencer a Suzon, devido a postura.
• O homem refletido: seu reflexo parece vir de lugar algum. Está tão próximo que sua imagem real deveria tapar a visão do observador. Alguns afirmam que seria o reflexo do próprio observador.
• O espelho: mostra um grande salão, onde números de trapézio são apresentados. A burguesia observa a tudo em busca de diversão.
Mais informações sobre a obra:
Uma releitura da obra “Um Bar no Folies-Bergère”, realizada por Vik Muniz, pode ser vista aqui.
Ficha Técnica:
UN BAR AUX FOLIES-BERGÈRE, Autor: Édouard Manet, Ano: 1882. Técnica: óleo sobre tela
Tamanho: 130cmx96cm. Museu: Courtauld Institute Galleries, Londres.
http://abstracaocoletiva.com.br/2012/11/09/um-bar-no-folies-bergere-analise/

Glossário: Flor do Mangue (1973) – Franz Kracjberg

Flor do Mangue – Franz Kracjberg


Artista polonês que se refugiou no Brasil depois da 2º Guerra Mundial, conhecido pelo conteúdo ecológico de sua obra. Flor do Mangue (1973), é uma escultura de grande porte - mede 12 X 8 metros e 5 metros de altura. Foi construída a partir de resíduos de árvores de manguezais destruídos pela especulação imobiliária.

Glossário: Sarah Bernhardt, fotografia, 1859, de Félix Nadar



Sarah Bernhardt - NADAR
http://www.arqnet.pt/portal/biografias/bernhardt.html -

 Para muitos, as fotografias de Félix Nadar, pseudônimo de Gaspard-Félix Trounachon (1820 – 1910), são um reflexo de sua excêntrica personalidade. Também jornalista e caricaturista, tornou-se famoso não apenas por seus retratos e desenhos de importantes personalidades francesas, mas também por sua paixão por tecnologia e aventura. Adotou o sobrenome Nadar para escrever em jornais e passou a vender suas caricaturas para folhetins humorísticos. Mesmo que no início da década de 1850 já fosse um fotógrafo renomado, foram suas extravagâncias que o tornaram famoso. O edifício que abrigava seu estúdio, por exemplo, foi pintado de vermelho e ganhou uma imponente fachada para se tornar uma de referência, transformando-se rapidamente em um ponto de encontro da elite intelectual de Paris.
Sarah Bernhardt, fotografada por Nadar,   foi atriz e cortesã francesa, chamada por alguns como "a mais famosa atriz da história do mundo". Bernhardt fez sua reputação nos palcos da Europa na década de 1870, e logo passou a ser exigida pelos principais palcos do continente e dos Estados Unidos. Conquistou uma fama de atriz dramática, em papéis sérios, ganhando o epíteto de "A Divina Sarah".
Seu papel mais marcante foi o da peça A Dama das Camélias de Alexandre Dumas. Em seu tempo, Sarah Bernhardt teve uma grande influência na grand opera, uma influência que continua até hoje. Tosca e Salomé, por exemplo, contêm duas das heroínas mais sensacionais, ambas baseadas em peças escritas especialmente para ela.

Glossário: Ave Maria (1955), Victor Brecheret


Ave Maria 1 (1955) – Victor Brecheret (Túmulo Família Scuracchio). Cemitério São Paulo/SP.

Arte tumular. Foi a última obra de Brecheret, concluída em 1955, no ano de sua morte. Ave Maria (Anjos) São dois anjos com as mãos em reza e ao centro uma grande cruz. Base tumular plana em mármore onde se erguem duas esculturas em bronze de dois anjos eretos, com as mãos unidas na altura do peito como se orassem e fizessem uma prece. Apresentam grandes asas com as pontas tocando o solo. Um está virado de frente para o outro, com os olhos cerrados , separados por uma cruz alta, também em bronze. Nota-se que o autor usou o estilo expressionista para esculpir os anjos. Atrás erguesse uma grande parede com cerca de 3 metros de altura, construída com placas de mármore onde estão as inscrições e o nome da família com uma coloração rósea. Nessa parede, atrás da cruz, um nicho representa um portal de passagem para o desconhecido do “outro lado” do umbral. Essa foi a ultima escultura realizada por Brecheret.

Glossário: Eldorado (acrílico sobre tela, 2001), de Nelson Screnci




Eldorado – Nelson Screnci (acrílico s/tela). 2001 - Nelson Screnci se assume como "artista militante" e define seu trabalho como "arte social". Um painel de 4 m x 1,20 m, Eldorado é uma visão da periferia paulistana - que o artista observa à distância, como se constatasse desolado as milhares de casinhas que nunca param de se reproduzir. Na cena inspirada na periferia, as casinhas, muito próximas umas das outras, são como módulos que, ritmados em formas simples, dividem um espaço de ninguém. Elas são incompletas por se encontrarem permanentemente em construção. E, por serem representações poéticas, o lado trágico e violento vivido por seus habitantes tão sofridos comparece de forma sutil. Está implícito nas combinações das cores que tentam ser alegres e nas formas improvisadas que refletem a sua luta pela sobrevivência. Ironicamente na cidade que seus ancestrais, em tempos remotos, pensavam ser o tão sonhado eldorado."Quero falar para o homem comum, atingir o público da periferia", diz o artista engajado. "A arte contemporânea está num beco. O público já se cansou de ver releituras de Duchamp e Beuys", critica ele. "Eu faço uma releitura da cor brasileira. Assumo influências de Volpi e de Lívio Abramo, recrio um clássico de Almeida Júnior." Screnci acredita que há preconceito contra releituras de artistas brasileiros. "Por que só podemos reler americanos e europeus?

Glossário: . Pelé e Michael Jackson (serigrafias sobre fotografia), de Andy Warhol




Pelé. Andy Warhol, serigrafia sobre papel Curtis g - 114,3 x 88,9 cm. Realizada na época em que o jogador de futebol morava nos Estados Unidos com sua família e jogava no New York Cosmos, onde encerrou sua carreira esportiva. Pelé, negro brasileiro, celebridade latino-americana de desempenho brilhante como esportista, foi convidado a atuar profissionalmente e viver nos Estados Unidos da América. Viveu uma história de superação das condições humildes em que nasceu e cresceu em seu país de origem, o que, de certa forma, o alinha à ideia de sucesso e reinvenção. Na gravura, Pelé, sorridente, ostenta uma bola de futebol com a qual toca a cabeça, mimetizando sua "cabeçada". Na bola podemos ver estampados seu nome e sua estrela, compondo uma imagem que sugere sucesso e satisfação ao mesmo tempo.

 

 

 

 

 

 


Michael Jackson. 1984 (serigrafia sobre fotografia). Andy Warhol. Ícone norte americano da Pop Art, o artista trabalhou o quadro de 76 por 66 centímetros, criado através da técnica de impressão em seda. Foi criado em 1984, na era do casaco vermelho do videoclip da música «Thriller». Controverso, Andy Warhol se apresenta, apesar de ter sempre utilizado os recursos da fotografia, como um artista que ajudou a construir a imagem de celebridades norte americana que se tem hoje. Para o bem ou para o mal, suas criações continuam influenciando gerações.

Glossário:Valentina, de Vik Muniz





Valentina (1998) – Vik Muniz,
Valentina é um retrato de 33x27 cm, feito por Vik Muniz, pintor, escultor e fotógrafo paulistano apelidado de o ilusionista, pelo fato de suas imagens terem muitos segredos. É a fotografia de um desenho feito por Vik Muniz, com açúcar sobre papel preto. Essa foto é a preferida de Muniz, onde é retratada em uma série chamada “crianças de açúcar”, onde critica o trabalho escravo infantil na lavoura de cana de açúcar. É considerada uma das mais rápidas obras, feita em 1998. A obra está na Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo.

Glossário: Missamóvel, 2004, de Nelson Leiner.

Missamóvel , 2004. Nelson Leirner - Traz uma mistura de arte conceitual com cultura popular dentro da nova tendência da arte contemporânea brasileira. Figuras e personagens nordestinas trabalhadas em argila simbolizam a crendice popular em sua fé incontestável: penitentes, anjos, animais, marinheiros e devotos amontoados  sobre um skate. enquadrados na diagonal de um piso liso, traduzem a fé dos romeiros para pagar  suas promessa ao Padre Cícero e outros santos padroeiros. A figura alada ao fundo e um velho protetor na frente da obra traduzem a Missamóvel na leitura desses elementos simbólicos.

Glossário: Adereços Cerimoniais, da tribo Kayabi, do Estado de Mato-Grosso



Adereços cerimoniais da Tribo Kayabi do Estado d Mato Grosso

Cada indivíduo Kaiabi possui vários nomes, que formam um repertório pessoal variado. Ao longo da vida, os nomes são trocados à medida que este acede a novas categorias sociais ou passa por experiências pessoais marcantes. O nascimento do primeiro filho é um momento em que os pais sempre recebem novos nomes. Esses nomes podem ser de antepassados, de seres sobrenaturais ou estarem relacionados a algum evento específico protagonizado pelo indivíduo. Os homens mais velhos da aldeia, o chefe ou o pajé, são em geral os responsáveis pela transmissão dos nomes. No passado, o principal momento que determinava a mudança de nome era a participação em expedições guerreiras e, mais especificamente, a morte de um inimigo.No passado, todos os Kaiabi exibiam tatuagens faciais que obedeciam alguns padrões básicos, diferentes para homens e mulheres. Essas tatuagens eram feitas primeiramente no início da puberdade. Assim como os nomes, as tatuagens serviam ao mesmo tempo como mecanismo de identificação pessoal e grupal. Também como no caso dos nomes, a morte de um inimigo era um evento marcado pela execução de novas tatuagens.

Glossário: Parede de Memória, 1994, de Rosalina Paulino



Parede de Memória, 1994. Rosana Paulino. Serigrafia em almofadas, 8 x 8 x 3 cm. Acervo Particular.
Rosana Paulino levanta questões raciais, culturais, políticas, assim como memórias pessoais. Seus trabalhos expandiram-se de desenhos e gravuras para grandes instalações que proporcionam ao leitor uma visão do universo feminino, que em muitas vezes, é também, negro. A obra trata-se de 850 fotografias1 pertencentes ao álbum familiar da artista. Estas fotografias estampadas em pequenas almofadas, trazendo pontos de crochê que as arrematam, foram dispostas lado a lado, em cima e em baixo, transformando a obra em um grande mural, intitulado pela a artista como Parede de Memórias. As imagens serigrafadas são opacas, falhas, desbotadas, a sua quantidade exacerbada sugere os anos de desgaste da família Paulino, a submissão aos postos de trabalho manual, subjugados as negras livres desde os tempos da colônia.

Glossário: Ascensão da Doce Borboleta nos Campos da Matança - Wangechi Mutu



Ascensão da Doce Borboleta nos Campos da Matança - Wangechi Mutu
A obra trata da valorização da mulher, sua raça, coragem e poder, abordando assim uma jovem em um campo repleto de borboletas, porém devastado por tiros, o que mostra que é um cenário de guerra e destruição. A autora procura destacar em pequenos detalhes que, por mais que haja uma imensa desvalorização da mesma, tenta conseguir seu espaço, tenta ser valorizada no mundo atual, mesmo que haja tanta desigualdade. A artista mostra em suas obras a alma artística africana. É uma artista que vive e trabalha no Brooklyn, Nova York. Mudou-se para lá na década de 1990, centrado-se em Belas Artes e Antropologia na New School for Social Research e a Escola de Arte e Desenho Parsons.
O trabalho de Mutu já foi exposto em galerias e museus de todo o mundo, incluindo o Museu de São Francisco de Arte Moderna, o Museu de Arte de Miami, a Tate Modern de Londres, o Studio Museum in Harlem em Nova York, o Museu Knust Palast nas Alemanha e o Centro Pompidou em Paris.
W. Mutu foi selecionada artista do ano de 2010 pela fundação D.B. A africana versa sobre diversos temas como política, o capitalismo do Ocidente e toma a figura feminina sob esteriótipos clássicos da cultura do seu país reinterpretando à sua maneira.

Glossário Bimestral (Caderno de artes): Metamorfose Cultural



Metamorfose Cultural, 1997 – Nelson Screnci

Esta obra de Nelson Screnci faz uma releitura comparativa das obras: O Caipira Picando Fumo, de Almeida Júnior e A Negra, de Tarsila do Amaral. Interroga a cisão entre o "moderno" e o "acadêmico". As duas telas possuem uma força e uma presença visual, "icônica", que parte de um "tipo" social – a negra, o caipira – para, construindo-os com os meios da pintura, impô-los como imagens. O caipira e a negra misturam-se com elementos populares. Existe uma grande afinidade nos princípios de organização das duas telas. O caipira, com os ângulos dos cotovelos, dos joelhos, bem afirmados, encontra-se instalado, de modo seguro e preciso, diante de um fundo revelando claras relações ortogonais: verticais da porta e, sobretudo, horizontais dos batentes, dos bambus que se mostram na parede de barrote, dos degraus em pau tosco que lhe servem para sentar. Em "A Negra", Tarsila dispõe seu personagem numa postura bastante próxima à do caipira: ângulos dos cotovelos, evidência dos pés, inclinação da cabeça. Como Almeida Júnior, dispõe sua figura diante de um fundo geométrico, feito de barras horizontais paralelas, num efeito não muito distante dos degraus do caipira. Assim, a arquitetura de cada quadro projeta, de modo ao mesmo tempo formal e cheio de sentidos, o personagem. Mais ainda, esses modos possuem um parentesco muito claro entre eles.


O Simbolismo

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A Encantadora de Serpentes, de Henri Rousseau

O Simbolismo foi uma característica da pintura européia nas últimas décadas do Século 19 (em especial entre 1880 e 1890), bastante presente, apesar de não ter sido realmente organizado como um movimento.
Possui estreita ligação com o movimento poético simbolista. Rejeitava as formas naturalistas e realistas e principalmente o conceito, bastante comum na época, de que a arte só poderia ser realizada através de imagens não abstratas que representassem com fidelidade o mundo real.
O Simbolismo nas artes plásticas, tal como na poesia, apresentava forte misticismo e referências ao oculto. Procurava diminuir o hiato entre o mundo material e o espiritual. Os pintores deveriam expressar, através de imagens, esses temas e essa visão de mundo, desenvolvidas pelos poetas simbolistas em sua linguagem.
Para esse fim, utilizavam-se principalmente de cores e linhas, entendidos como elementos extremamente expressivos que por si só poderiam representar idéias. Confiavam mais na simples sugestão de algo que na sua forma explícita. A inspiração temática simbolista costumava vir de poesias do movimento, além de uma certa fixação em assuntos como a morte, a doença, o erotismo e até a perversidade. Há inúmeros artistas de estilos diferentes considerados simbolistas, por apresentarem traços do movimento em suas obras.
O SIMBOLISMO data do final do século XIX e surge também na França, primeiramente na PINTURA (com o nome de IMPRESSIONISMO) e depois na Literatura, com "Flores do Mal" de Baudelaire (1870). Além de Baudelaire, poetas franceses como Mallarmé, Verlaine, Paul Valéry, etc, contagiam toda a Europa com seus poemas simbolistas. Em Portugal, o Simbolismo data de 1890 com a publicação de "Oaristos" de Eugênio de Castro. O Simbolismo surge no Brasil em 1893, com as obras "Missal"("prosa") e "Broquéis"(poesia), ambas de autoria de Cruz e Sousa.

A criatividade humana no contexto histórico contemporâneo do Simbolismo:

Com o Cientificismo ocorrido no século XIX, decorrente do reinado materialista que toma conta da maneira de ser, de pensar e de agir do homem ocidental, ocorre a chamada SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, ou seja, a ciência da época é transformada em tecnologia que aprimora ainda mais os meios de produção, pouco restando a fazer ao homem em termos de USO DA CRIATIVIDADE. Vale lembrar que, antes do surgimento da máquina, o homem produzia manualmente os produtos consumidos por toda a sociedade: importava a qualidade ( a beleza, a utilidade, a durabilidade, etc) dos produtos e, nesse aspecto, o artesão usava toda a sua sensibilidade, sua técnica, sua CRIATIVIDADE no momento em que fazia seu trabalho, ou seja, os produtos traziam em si as marcas da subjetividade daquele que os elaborava. Com a Revolução Industrial, porém, a máquina substitui quase que totalmente o trabalho humano: no reinado materialista a qualidade não importa e sim a quantidade, pois quanto mais produtos mais consumo, mais lucro, mais riqueza para os donos dos meios de produção. A mão de obra e a criatividade humanas estão sendo cada vez menos solicitadas e, portanto, pouco aprimoradas, no modo de produção da época. O mesmo ocorre com a Arte e a Literatura produzidas nesse contexto: pela objetividade, pelo detalhismo, por dar a FOTOGRAFIA dos referentes, as obras artísticas e literárias não permitem que o receptor use sua imaginação, sua criatividade (sua subjetividade) em nenhum momento.
Em socorro à criatividade humana tão pouco requisitada na época, surge o SIMBOLISMO na Arte e na Literatura, visando à produção de obras que permitam um trabalho intelectual e emocional intensos por parte de seu receptor; esse exercício intelectual e emotivo pretende aprimorar a inteligência e a sensibilidade humanas . O relevo dado ao interior do ser humano no Simbolismo é conseqüência dos postulados das teorias freudianas.
SIMBOLISMO X REALISMO
Como já se pode perceber, o Simbolismo surge em reação à objetividade, ao materialismo e ao detalhismo do Realismo. Embora seja tão obediente à Versificação quanto o parnasiano, o simbolista caminha em direções opostas às do realista: o simbolista é subjetivo, espiritualista e, ao invés de descrever minuciosamente o referente, procura apenas SUGERI-LO ao receptor através de uma LINGUAGEM SIMBÓLICA (CONOTATIVA), repleta de elementos sensoriais (palavras que representam cores, sons, perfumes, etc) que ao invés de esclarecer o que é o referente, indefine-o (mascara-o). Para Mallarmé, "o gozo do poema é feito da felicidade de adivinhar pouco a pouco. Sugerir o mundo, eis o ideal."
SIMBOLISMO E ROMANTISMO
As raízes do Simbolismo estão no Romantismo, por trazer de volta temas e características importantes do Romantismo, porém com profundidade:
- a subjetividade: o romântico deseja atingir as emoções do receptor; além das emoções , o simbolista quer mais da subjetividade do receptor: pretende atingir sua criatividade, sua inteligência, enfim, sua "ALMA".
- o espiritualismo: o simbolista acredita na eternidade da alma;
- a descrição superficial do referente: na obra romântica, o referente é caracterizado superficialmente através de uma linguagem conotativa e de fácil decodificação; na obra simbolista, o referente é caracterizado superficialmente através de uma linguagem conotativa, simbólica, que ao invés de definir (esclarecer), indefine o referente para o receptor.
O SÍMBOLO
O símbolo para o simbolista é, por conseguinte, UM SIGNO CAPAZ DE MASCARAR O REFERENTE QUE ELE REPRESENTA LINGUISTICAMENTE. Afinal, não existe nada melhor do que uma linguagem simbólica (figurada) para SUGERIR o referente, o mundo: só ela é capaz de despertar as mais diversas sensações, as mais diversas leituras (interpretações) , dar asas à imaginação do receptor.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA SIMBOLISTA
1. subjetividade/ 2. espiritualismo/ 3. temas mórbidos: a busca do vago, do indefinido, a morte, a loucura, o sonho, o terrível, o real, o irreal, etc./ 4. SUGERIR O REFERENTE ao invés de descrevê-lo minuciosamente (sugerir é sinônimo de encobrir, mascarar)/ 5. Para sugerir o referente, o simbolista utiliza-se de símbolos (FIGURAS) e de uma linguagem plena de ELEMENTOS SENSORIAIS(predominância das sinestesias) que provoquem no leitor sensações diversas. Tais símbolos é que mascaram o verdadeiro referente, a verdadeira mensagem (conteúdo manifesto/conteúdo latente)/  6. Ambigüidade/ 7. Culto à brancura/ 8. Musicalidade: as FIGURAS DE HARMONIA ( predomínio das aliterações), as rimas, o ritmo, etc, dão intensa musicalidade à obra simbolista.

O Início do Expressionismo (Edvard Munch)

O Expressionismo compreende a deformação da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo não tem uma época ou um espaço geográfico definidos, e pode mesmo classificar-se como expressionista a obra de autores tão diversos como Matthia Grünewald, Pieter Brueghe, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. No início do século XX, na Alemanha, surgiram os grupos A Ponte e o Cavaleiro Azul.
Edvard Munch é considerado, por muitos estudiosos das artes plásticas, como um dos artistas que iniciaram o Expressionismo na Alemanha. Edvard Munch nasceu na cidade de Løten (Noruega) em 12 de dezembro de 1863.Teve uma vida familiar muito conturbada, pois sua mãe e uma irmã morreram quando Munch ainda era jovem. Uma outra irmã tinha problemas mentais. O pai de Munch tinha uma vida marcada pelo fanatismo religioso. Para complicar, Munch ficou muito doente durante a infância.
Já adulto, começou a apresentar um quadro psicológico conturbado e conflituoso. Alguns estudiosos afirmam que Munch, provavelmente, possuia transtorno bipolar. Munch estudou artes plásticas no Liceu de Artes e Ofícios da cidade de Oslo (capital da Noruega).
Em 1885, viajou para Paris onde entrou em contato com vários movimentos artísticos. Ficou muito atraído pela arte de Paul Gauguin. Entre os anos de 1892 e 1908 viveu na cidade de Berlim (Alemanha). Em 1892 participou de uma exposição artística em Berlim. Porém, a mesma foi cancelada em função do grande choque que provocou na sociedade alemã. Em 1893, pintou sua obra de arte de maior importância: O Grito. Esta obra tornou-se um dos símbolos do Expressionismo. Em 1896, começou a fazer gravuras e apresentou várias inovações nesta técnica artística. Em 1908, voltou para a Noruega para viver em seu país natal definitivamente. No final da década de 1930 e início da década de 1940 passou por uma forte decepção. O governo nazista ordenou a retirada de todas as obras de arte de Munch dos museus da Alemanha por considerá-las esteticamente imperfeitas e por não valorizar a cultura alemã. Munch morreu em 23 de janeiro de 1944, na cidade de Ekely (próximo a Oslo).
Estilo artístico
- Abordagem de temas relacionados aos sentimentos e tragédias humanas (angústia, morte, depressão, saudade).
- Pintura de imagens desfiguradas, passando uma sensação de angústia e desespero.
- Forte expressividade no rosto das personagens retratadas.
- Pintura de figuras marcadas por fortes atitudes.
Principais obras de Munch:
- Spring Day on Karl Johan (1891);- Evening on Karl Johan (1892);- Melancolia (1892); - A Voz (1892);  - O Grito (1893; - Vampira (1893-94); - Anxiety (1894); - A Madona (1894-1895); - Jealousy (1895); 
- Puberdade (1895); - A menina doente (1895-1896); - A dança da vida (1899-1900); - A Morte da Mãe (1899-1900); - Meninas no Jetty (1901); - Crianças na rua (1907); - Atração (1908); - Assassino na Alameda (1919;  - Reunião (1921); - Entre o Relógio e a Cama (1940-1942)

O Teatro Épico de bertold Brecht





Eldorado – Nelson Screnci (acrílico s/tela). 2001 - Nelson Screnci se assume como "artista militante" e define seu trabalho como "arte social". Um painel de 4 m x 1,20 m, Eldorado é uma visão da periferia paulistana - que o artista observa à distância, como se constatasse desolado as milhares de casinhas que nunca param de se reproduzir. Na cena inspirada na periferia, as casinhas, muito próximas umas das outras, são como módulos que, ritmados em formas simples, dividem um espaço de ninguém. Elas são incompletas por se encontrarem permanentemente em construção. E, por serem representações poéticas, o lado trágico e violento vivido por seus habitantes tão sofridos comparece de forma sutil. Está implícito nas combinações das cores que tentam ser alegres e nas formas improvisadas que refletem a sua luta pela sobrevivência. Ironicamente na cidade que seus ancestrais, em tempos remotos, pensavam ser o tão sonhado eldorado."Quero falar para o homem comum, atingir o público da periferia", diz o artista engajado. "A arte contemporânea está num beco. O público já se cansou de ver releituras de Duchamp e Beuys", critica ele. "Eu faço uma releitura da cor brasileira. Assumo influências de Volpi e de Lívio Abramo, recrio um clássico de Almeida Júnior." Screnci acredita que há preconceito contra releituras de artistas brasileiros. "Por que só podemos reler americanos e europeus?



Ave Maria 1 (1955) – Victor Brecheret (Túmulo Família Scuracchio). Cemitério São Paulo/SP.


Arte tumular. Foi a última obra de Brecheret, concluída em 1955, no ano de sua morte. Ave Maria (Anjos) São dois anjos com as mãos em reza e ao centro uma grande cruz. Base tumular plana em mármore onde se erguem duas esculturas em bronze de dois anjos eretos, com as mãos unidas na altura do peito como se orassem e fizessem uma prece. Apresentam grandes asas com as pontas tocando o solo. Um está virado de frente para o outro, com os olhos cerrados , separados por uma cruz alta, também em bronze. Nota-se que o autor usou o estilo expressionista para esculpir os anjos. Atrás erguesse uma grande parede com cerca de 3 metros de altura, construída com placas de mármore onde estão as inscrições e o nome da família com uma coloração rósea. Nessa parede, atrás da cruz, um nicho representa um portal de passagem para o desconhecido do “outro lado” do umbral. Essa foi a ultima escultura realizada por Brecheret.



Metamorfose Cultural, 1997 – Nelson Screnci


Esta obra de Nelson Screnci faz uma releitura comparativa das obras: O Caipira Picando Fumo, de Almeida Júnior e A Negra, de Tarsila do Amaral. Interroga a cisão entre o "moderno" e o "acadêmico". As duas telas possuem uma força e uma presença visual, "icônica", que parte de um "tipo" social – a negra, o caipira – para, construindo-os com os meios da pintura, impô-los como imagens. O caipira e a negra misturam-se com elementos populares. Existe uma grande afinidade nos princípios de organização das duas telas. O caipira, com os ângulos dos cotovelos, dos joelhos, bem afirmados, encontra-se instalado, de modo seguro e preciso, diante de um fundo revelando claras relações ortogonais: verticais da porta e, sobretudo, horizontais dos batentes, dos bambus que se mostram na parede de barrote, dos degraus em pau tosco que lhe servem para sentar. Em "A Negra", Tarsila dispõe seu personagem numa postura bastante próxima à do caipira: ângulos dos cotovelos, evidência dos pés, inclinação da cabeça. Como Almeida Júnior, dispõe sua figura diante de um fundo geométrico, feito de barras horizontais paralelas, num efeito não muito distante dos degraus do caipira. Assim, a arquitetura de cada quadro projeta, de modo ao mesmo tempo formal e cheio de sentidos, o personagem. Mais ainda, esses modos possuem um parentesco muito claro entre eles.


Ascensão da Doce Borboleta nos Campos da Matança - Wangechi Mutu


A obra trata da valorização da mulher, sua raça, coragem e poder, abordando assim uma jovem em um campo repleto de borboletas, porém devastado por tiros, o que mostra que é um cenário de guerra e destruição. A autora procura destacar em pequenos detalhes que, por mais que haja uma imensa desvalorização da mesma, tenta conseguir seu espaço, tenta ser valorizada no mundo atual, mesmo que haja tanta desigualdade. A artista mostra em suas obras a alma artística africana. É uma artista que vive e trabalha no Brooklyn, Nova York. Mudou-se para lá na década de 1990, centrado-se em Belas Artes e Antropologia na New School for Social Research e a Escola de Arte e Desenho Parsons.
O trabalho de Mutu já foi exposto em galerias e museus de todo o mundo, incluindo o Museu de São Francisco de Arte Moderna, o Museu de Arte de Miami, a Tate Modern de Londres, o Studio Museum in Harlem em Nova York, o Museu Knust Palast nas Alemanha e o Centro Pompidou em Paris.
W. Mutu foi selecionada artista do ano de 2010 pela fundação D.B. A africana versa sobre diversos temas como política, o capitalismo do Ocidente e toma a figura feminina sob esteriótipos clássicos da cultura do seu país reinterpretando à sua maneira.

A Encantadora de Serpentes, de Henri Rousseau

O Simbolismo foi uma característica da pintura européia nas últimas décadas do Século 19 (em especial entre 1880 e 1890), bastante presente, apesar de não ter sido realmente organizado como um movimento.
Possui estreita ligação com o movimento poético simbolista. Rejeitava as formas naturalistas e realistas e principalmente o conceito, bastante comum na época, de que a arte só poderia ser realizada através de imagens não abstratas que representassem com fidelidade o mundo real.
O Simbolismo nas artes plásticas, tal como na poesia, apresentava forte misticismo e referências ao oculto. Procurava diminuir o hiato entre o mundo material e o espiritual. Os pintores deveriam expressar, através de imagens, esses temas e essa visão de mundo, desenvolvidas pelos poetas simbolistas em sua linguagem.
Para esse fim, utilizavam-se principalmente de cores e linhas, entendidos como elementos extremamente expressivos que por si só poderiam representar idéias. Confiavam mais na simples sugestão de algo que na sua forma explícita. A inspiração temática simbolista costumava vir de poesias do movimento, além de uma certa fixação em assuntos como a morte, a doença, o erotismo e até a perversidade. Há inúmeros artistas de estilos diferentes considerados simbolistas, por apresentarem traços do movimento em suas obras.
O SIMBOLISMO data do final do século XIX e surge também na França, primeiramente na PINTURA (com o nome de IMPRESSIONISMO) e depois na Literatura, com "Flores do Mal" de Baudelaire (1870). Além de Baudelaire, poetas franceses como Mallarmé, Verlaine, Paul Valéry, etc, contagiam toda a Europa com seus poemas simbolistas. Em Portugal, o Simbolismo data de 1890 com a publicação de "Oaristos" de Eugênio de Castro. O Simbolismo surge no Brasil em 1893, com as obras "Missal"("prosa") e "Broquéis"(poesia), ambas de autoria de Cruz e Sousa.

A criatividade humana no contexto histórico contemporâneo do Simbolismo:

Com o Cientificismo ocorrido no século XIX, decorrente do reinado materialista que toma conta da maneira de ser, de pensar e de agir do homem ocidental, ocorre a chamada SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, ou seja, a ciência da época é transformada em tecnologia que aprimora ainda mais os meios de produção, pouco restando a fazer ao homem em termos de USO DA CRIATIVIDADE. Vale lembrar que, antes do surgimento da máquina, o homem produzia manualmente os produtos consumidos por toda a sociedade: importava a qualidade ( a beleza, a utilidade, a durabilidade, etc) dos produtos e, nesse aspecto, o artesão usava toda a sua sensibilidade, sua técnica, sua CRIATIVIDADE no momento em que fazia seu trabalho, ou seja, os produtos traziam em si as marcas da subjetividade daquele que os elaborava. Com a Revolução Industrial, porém, a máquina substitui quase que totalmente o trabalho humano: no reinado materialista a qualidade não importa e sim a quantidade, pois quanto mais produtos mais consumo, mais lucro, mais riqueza para os donos dos meios de produção. A mão de obra e a criatividade humanas estão sendo cada vez menos solicitadas e, portanto, pouco aprimoradas, no modo de produção da época. O mesmo ocorre com a Arte e a Literatura produzidas nesse contexto: pela objetividade, pelo detalhismo, por dar a FOTOGRAFIA dos referentes, as obras artísticas e literárias não permitem que o receptor use sua imaginação, sua criatividade (sua subjetividade) em nenhum momento.
Em socorro à criatividade humana tão pouco requisitada na época, surge o SIMBOLISMO na Arte e na Literatura, visando à produção de obras que permitam um trabalho intelectual e emocional intensos por parte de seu receptor; esse exercício intelectual e emotivo pretende aprimorar a inteligência e a sensibilidade humanas . O relevo dado ao interior do ser humano no Simbolismo é conseqüência dos postulados das teorias freudianas.
SIMBOLISMO X REALISMO
Como já se pode perceber, o Simbolismo surge em reação à objetividade, ao materialismo e ao detalhismo do Realismo. Embora seja tão obediente à Versificação quanto o parnasiano, o simbolista caminha em direções opostas às do realista: o simbolista é subjetivo, espiritualista e, ao invés de descrever minuciosamente o referente, procura apenas SUGERI-LO ao receptor através de uma LINGUAGEM SIMBÓLICA (CONOTATIVA), repleta de elementos sensoriais (palavras que representam cores, sons, perfumes, etc) que ao invés de esclarecer o que é o referente, indefine-o (mascara-o). Para Mallarmé, "o gozo do poema é feito da felicidade de adivinhar pouco a pouco. Sugerir o mundo, eis o ideal."
SIMBOLISMO E ROMANTISMO
As raízes do Simbolismo estão no Romantismo, por trazer de volta temas e características importantes do Romantismo, porém com profundidade:
- a subjetividade: o romântico deseja atingir as emoções do receptor; além das emoções , o simbolista quer mais da subjetividade do receptor: pretende atingir sua criatividade, sua inteligência, enfim, sua "ALMA".
- o espiritualismo: o simbolista acredita na eternidade da alma;
- a descrição superficial do referente: na obra romântica, o referente é caracterizado superficialmente através de uma linguagem conotativa e de fácil decodificação; na obra simbolista, o referente é caracterizado superficialmente através de uma linguagem conotativa, simbólica, que ao invés de definir (esclarecer), indefine o referente para o receptor.
O SÍMBOLO
O símbolo para o simbolista é, por conseguinte, UM SIGNO CAPAZ DE MASCARAR O REFERENTE QUE ELE REPRESENTA LINGUISTICAMENTE. Afinal, não existe nada melhor do que uma linguagem simbólica (figurada) para SUGERIR o referente, o mundo: só ela é capaz de despertar as mais diversas sensações, as mais diversas leituras (interpretações) , dar asas à imaginação do receptor.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA OBRA SIMBOLISTA
1. subjetividade/ 2. espiritualismo/ 3. temas mórbidos: a busca do vago, do indefinido, a morte, a loucura, o sonho, o terrível, o real, o irreal, etc./ 4. SUGERIR O REFERENTE ao invés de descrevê-lo minuciosamente (sugerir é sinônimo de encobrir, mascarar)/ 5. Para sugerir o referente, o simbolista utiliza-se de símbolos (FIGURAS) e de uma linguagem plena de ELEMENTOS SENSORIAIS(predominância das sinestesias) que provoquem no leitor sensações diversas. Tais símbolos é que mascaram o verdadeiro referente, a verdadeira mensagem (conteúdo manifesto/conteúdo latente)/  6. Ambigüidade/ 7. Culto à brancura/ 8. Musicalidade: as FIGURAS DE HARMONIA ( predomínio das aliterações), as rimas, o ritmo, etc, dão intensa musicalidade à obra simbolista.
O Expressionismo compreende a deformação da realidade para expressar de forma subjetiva a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão de sentimentos em relação à simples descrição objetiva da realidade. Entendido desta forma, o expressionismo não tem uma época ou um espaço geográfico definidos, e pode mesmo classificar-se como expressionista a obra de autores tão diversos como Matthia Grünewald, Pieter Brueghe, o Velho, El Greco ou Francisco de Goya. No início do século XX, na Alemanha, surgiram os grupos A Ponte e o Cavaleiro Azul.
Edvard Munch é considerado, por muitos estudiosos das artes plásticas, como um dos artistas que iniciaram o Expressionismo na Alemanha. Edvard Munch nasceu na cidade de Løten (Noruega) em 12 de dezembro de 1863.Teve uma vida familiar muito conturbada, pois sua mãe e uma irmã morreram quando Munch ainda era jovem. Uma outra irmã tinha problemas mentais. O pai de Munch tinha uma vida marcada pelo fanatismo religioso. Para complicar, Munch ficou muito doente durante a infância.
Já adulto, começou a apresentar um quadro psicológico conturbado e conflituoso. Alguns estudiosos afirmam que Munch, provavelmente, possuia transtorno bipolar. Munch estudou artes plásticas no Liceu de Artes e Ofícios da cidade de Oslo (capital da Noruega).
Em 1885, viajou para Paris onde entrou em contato com vários movimentos artísticos. Ficou muito atraído pela arte de Paul Gauguin. Entre os anos de 1892 e 1908 viveu na cidade de Berlim (Alemanha). Em 1892 participou de uma exposição artística em Berlim. Porém, a mesma foi cancelada em função do grande choque que provocou na sociedade alemã. Em 1893, pintou sua obra de arte de maior importância: O Grito. Esta obra tornou-se um dos símbolos do Expressionismo. Em 1896, começou a fazer gravuras e apresentou várias inovações nesta técnica artística. Em 1908, voltou para a Noruega para viver em seu país natal definitivamente. No final da década de 1930 e início da década de 1940 passou por uma forte decepção. O governo nazista ordenou a retirada de todas as obras de arte de Munch dos museus da Alemanha por considerá-las esteticamente imperfeitas e por não valorizar a cultura alemã. Munch morreu em 23 de janeiro de 1944, na cidade de Ekely (próximo a Oslo).
Estilo artístico
- Abordagem de temas relacionados aos sentimentos e tragédias humanas (angústia, morte, depressão, saudade).
- Pintura de imagens desfiguradas, passando uma sensação de angústia e desespero.
- Forte expressividade no rosto das personagens retratadas.
- Pintura de figuras marcadas por fortes atitudes.
Principais obras de Munch:
- Spring Day on Karl Johan (1891)
- Evening on Karl Johan (1892)
- Melancolia (1892)

- A Voz (1892)

- O Grito (1893)

- Vampira (1893-94)

- Anxiety (1894)

- A Madona (1894-1895)

- Jealousy (1895)

- Puberdade (1895)

- Self-Portrait with Burning Cigarette (1895)

- A menina doente (1895-1896)

- Lady From the Sea (1896)

- A dança da vida (1899-1900)

- A Morte da Mãe (1899-1900)

- Meninas no Jetty (1901)

- Crianças na rua (1907)

- Atração (1908)

- Assassino na Alameda (1919)

- Reunião (1921)

- Entre o Relógio e a Cama (1940-1942)



                                                            Bertold Brecht
O Teatro Épico é produto do forte desenvolvimento teatral na Rússia, após a Revolução Russade 1917, e na Alemanha, durante o período da República de Weimar, tendo como seus principais iniciadores o diretor russo Meyerhold e o diretor teatral alemão Erwin Piscator. Nesse tempo, as cenas épicas alemãs recebiam o nome de cena Piscator, dado o extensivo uso de cartazes e projeções de filmes nas peças dirigidas por Piscator. No entanto, o grande propagandista do teatro épico foi Bertolt Brecht. Brecht afirmava que sempre existiu teatro épico, seja na intervenção do coro no teatro da Grécia Clássica, seja na Ópera Chinesa, e até mesmo no Dadaísmo.

O Teatro Épico consiste em uma forma de composição teatral que polemiza com as unidades de ação, espaço e tempo e com as teorias de linearidade e uniformidade do drama, fundamentadas em determinada compreensão da Poética de Aristóteles elaborada na França renascentista. A catarse perde seu espaço na concepção teatral épica. Não cabe envolver o espectador em uma manta emocional de identidade com o personagem e fazê-lo sentir o drama como algo real, mas sim despertá-lo como um ser social. Segundo Brecht, a catarse torna o homem passivo em relação ao mundo e o ideal é transformá-lo em alguém capaz de enxergar que os valores que regem o mundo podem e devem ser modificados.
Embora elementos da linguagem épica existam no teatro desde os seus primórdios, o Teatro Épico surge com o trabalho prático e teórico de Bertolt Brecht. Trata-se do resgate de um termo antigo para conceituar uma nova linguagem cênica. Essa é substancialmente organizada a partir de textos que abordam os conflitos sociais sob uma leitura marxista, encenados pelo método do Distanciamento.
O Teatro Épico utiliza uma série de instrumentais diretamente ligados à técnica narrativa do espetáculo, onde os mais significativos são: a comunicação direta entre ator e público, a música como comentário da ação, a ruptura de tempo-espaço entre as cenas, a exposição do urdimento, das coxias e do aparato cenotécnico, o posicionamento do ator como um crítico das ações da personagem que interpreta, e como um agente da história.http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teat/index.cfm?fuseaction=conceitos_biografia&cd_verbete=617

O Início da Fotografia no Brasil





 

Os trinta Valérios, fotomontagem de Valério Vieira (1890)
Segundo pesquisas realizadas pelo fotógrafo e estudioso de fotografia Boris Kossoy, o francês Hércules Florence (1804-1879), que morava no Brasil, já vinha fazendo desde 1833, alguns avanço na técnica de registrar imagens, com o objetivo de imprimir rótulos de produto farmacêuticos e diplomas maçônicos.
Entretanto, oficialmente, consideram-se o ano de 1839 e os trabalhos de Daguerre como o ponto de partida da fotografia. Oficialmente também o invento de Daguerre chegou ao Brasil em1840, trazdo pelo abade Compte.
Como o Daguerreótipo consistia numa peça única e o processo para a sua obtenção era mais caro, os mais ricos viram nele a possibilidade de perpetuar a sua imagem, como os nobres faziam ao contratar os pintores para fazer seus retratos.
Mas nas décadas de 1850 e 1860, com o aprimoramento dos recursos técnicos, houve o barateamento dos custos de um retrato, o que o tornou acessível a um grande número  de pessoas e apressou a divulgação da fotografia entre nós. O passo seguinte foi o documentário fotográfico. Neste campo destacaram-se Marc Ferrez e Militão Augusto de Azevedo. Marc Ferrez preocupava-se não apenas em registrar um fato, mas também em compor com arte uma cena, como  na foto Charles Hartt no cais do Trapiche (1875).
Militão Augusto de Azevedo tem como obra importante o Álbum Comparativo da cidade de São Paulo, em que mostra mais de uma foto dos mesmos locais, tiradas dos mesmos ângulos, mas em ocasiões diferentes, apresentando assim as transformações urbanas que a cidade sofreu entre os anos de 1862 e 1887. Rua São Bento é uma foto de 1862 que documenta a conhecida rua do centro antigo de São Paulo. O observador pode constatar a arquitetura, as roupas e chapéus das pessoas e os cavalos como meio de transporte da época.
A fotografia brasileira desenvolveu-se muito na passagem do século e esteve presente em exposições internacionais, como a Exposição de St. Louis, nos Estados Unidos, em 1904. Dessa mostra participou, entre outros,  o fotógrafo brasileiro Valério Vieira, que apresentou a interessante fotomontagem Os tintas Valérios, em que aparecem trinta figuras numa sala, todas com o rosto do próprio fotógrafo. Certamente essa cena foi montada com um recurso técnico difícil para a época. Quatro anos depois, em 1908, Valério ganhou o  primeiro prêmio na Exposição Nacional do Rio de Janeiro com uma foto de doze metros de extensão chamada de Panorama da cidade de São Paulo.

O Pós-Impressionismo (Gauguin, Cézanne, Toulouse-Lautrec, Vang Gogh e Seurat)

PÓS-IMPRESSIONISMO


 A expressão Pós-Impressionismo foi usada para designar a pintura que se desenvolveu de 1886, a partir da última exposição impressionista, até o surgimento do Cubismo, com Pablo Picasso e Georges Braque. Ela abrange pintores de tendências bem diversas, como Gauguin, Cézanne, Van Gogh e Seurat. Além desses artistas Toulouse Lautrec, que documentou a vida parisiense do fim do século XIX. Para eles, o Impressionismo era superficial e retratava apenas cenas passageiras, sem dar muita importância nem aos sentimentos, nem aos acontecimentos políticos e sociais. Outros ainda sentiam-se insatisfeitos e limitados com a técnica impressionista.
                                 De onde viemos? O que somos? Para onde vamos? (1887), de Gauguin
Paul Gauguin (1848-1903) por volta de 1884 seus quadros superavam a tendência impressionista: a tinta começa a ser usada pura, em áreas de cor bem definidas, os objetos passam a ser coloridos de modo arbitrário e a representação deixa de ser tridimensional. Mas em 1888 as características de sua pintura acentuam-se bastante, principalmente na obra “Jacó e o Anjo”. Agora ao contrário da pintura impressionista, os campos de cor são bem definidos e limitados por linhas de contorno visíveis, as formas das pessoas e dos objetos são planas e as sombras desaparecem.



                                                 “O Castelo de Médan”, Cézanne
Paul Cézanne (1839-1906) não se preocupou em registrar o aspecto passageiro de um momento provocado pela constante mudança da luz solar, o que Cézanne buscava era o permanente, a estrutura íntima da natureza. Essa mudança radical de concepção já é evidente em sua tela “O Castelo de Médan”. O rompimento com o grupo impressionista é inevitável, pois a tendência de Cézanne em converter os elementos naturais em figuras geométricas - como cilindros, cones e esferas - acentua-se cada vez mais. Olhando a pintura de Cézanne, é fácil compreender a enorme influência que ele exerceu sobre os artistas que nas primeiras décadas do século XX criaram a arte denominada Moderna.
                                                Jane Avril Dançando, Toulousse-Lautrec
Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901) morreu com apenas 37 anos. A vida urbana e agitada de Paris que Toulouse-Lautrec registrou de forma inconfundível em suas telas.Interessavam a ele, os artistas de circo, as dançarinas, os freqüentadores dos bares e cabarés, as prostitutas e as pessoas anônimas. Obras conhecidas: “Circo Fernando: a Amazona, Jane Avril Dançando a Mélinite, O Moulin Rouge  e No Salão da Rue des Moulins.”
                                                        O Semeador, de Van Gogh
Vincent Van Gogh(1853-1890) percorreu uma trajetória difícil. Nascido na Holanda, foi contemporâneo de muitos pintores e até se aproximou de alguns deles, como Toulouse-Lautrec e Gauguin, mas na verdade foi uma pessoa solitária. Sua pintura estava então ligada à tradição holandesa do claro-escuro e à preocupação com os problemas sociais, As cores que usava eram sombrias e seus personagens melancólicos, como por exemplo na tela “O s Comedores de Batata”. Em 1881 voltou para a Holanda, mas em 1886 seguiu para Paris, onde teve início uma nova fase. Ligou-se ao movimento impressionista, mas logo o abandonou, pois procurava um novo caminho para sua arte. Em 1888 passou a pintar ao ar livre. Considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, foi marginalizado pela sociedade durante sua vida. "Falhou" em todos os aspectos considerados importantes para a sociedade de sua época: não constituiu família, não conseguia custear a sua própria subsistência, sucumbiu a uma doença mental.Tinha personalidade intrigante. Oscilava entre a alegria e a tristeza, a esperança e o desespero, o amor e o ódio. Vivia uma dualidade emocional. Pintar passou a ser seu refúgio. Utilizava cores fortes para expressar seus sentimentos. Van Gogh dizia: "Pinto o que sinto e não apenas o que vejo". Sua influência no Expressionismo, no Fovismo e no Abstracionismo foi notória. Suas influências podem ser reconhecidas em variadas frentes da arte do século 20. O artista foi pioneiro ao relacionar tendências impressionistas com as aspirações modernistas.

Georges Seurat (1859-1891)
                                "Um Domingo de Verão na Grande Jatte" (1884-1886), de Seurat
Ao observarmos a copa das árvores e o gramado na obra "Um Domingo de Verão na Grande Jatte" (1884-1886), de Seurat, nesses elementos a técnica utilizada pelo artista para pintar o quadro foi o Pontilhismo. Ao utilizar cores puras (em vez de misturá-las), aplicou-as diretamente na tela, ele resolveu agrupar as pinceladas em formas de pontos. A técnica pontilhista também foi muito utilizada pelo pintor francês Paul Signac.    http://artemoderna.tumblr.com/post/632592282/pos-impressionismo