“De Onde Viemos? Que Somos? Para Onde Vamos?”, pintada em 1897, Gauguin
Na obra “De Onde Viemos? Que Somos? Para Onde Vamos?”, pintada em 1897, Gauguin questiona-se sobre o ciclo da vida, a trajetória de vida e morte do ser humano. Cita, ainda, o mito de Eva no Jardim do Éden, através do jovem que se estica para alcançar uma maçã. Quais prazeres nos são afinal permitidos? Quais conhecimentos nos são pertinentes? Qual o nosso papel neste mundo?
Sobre a obra, Gauguin escreveu: “Para onde vamos? Para junto da morte de uma velha. Uma ave estranha e simples conclui. O que somos? Existência mundana. O homem de instinto fica imaginando o que tudo isso significa… Símbolos conhecidos congelariam a tela em uma realidade melancólica, e o problema apontado não seria mais um poema”.
A leitura da obra: seguindo a tradição oriental, a
leitura da obra inicia-se à direita, com o pequeno bebê adormecido,
passando pela juventude de corpos dourados e belos, culminando no corpo
escuro da senhora de idade, à esquerda da composição.
O primitivismo: mais do que retratar culturas
exóticas, Gauguin desejava integrar-se àquele mundo, tornando-se ele
próprio um ser primitivo. Sua técnica rústica evoca uma arte elementar e
simbólica.
A técnica: Gauguin utiliza cores puras na tela,
privilegiando os tons complementares, especialmente o amarelo e o azul.
Os contornos negros das figuras eliminam qualquer sugestão de
tridimensionalidade.
O jovem colhendo uma fruta: ponto focal da tela, um
jovem se estica para alcançar uma fruta, o que pode evocar os prazeres
da juventude ou a busca pelo conhecimento – uma citação do mito de Eva e
o Jardim do Éden.
A divindade: a escultura de uma divindade à esquerda
da pintura é baseada em relevos polinésios. A figura, de um tom de
azul, indica o mundo espiritual.
A natureza: as formas sinuosas e fluidas evocam a beleza do espaço natural, e as cores exaltam sua exuberância.
Adorei!!
ResponderExcluirPierre Puvis de Chavannes tem muito a ver com isso, com certeza.
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