sábado, 27 de abril de 2013

“De Onde Viemos? Que Somos? Para Onde Vamos?”, 1897, Gauguin


 

“De Onde Viemos? Que Somos? Para Onde Vamos?”, pintada em 1897,  Gauguin
  

Na obra “De Onde Viemos? Que Somos? Para Onde Vamos?”, pintada em 1897,  Gauguin questiona-se sobre o ciclo da vida, a trajetória de vida e morte do ser humano. Cita, ainda, o mito de Eva no Jardim do Éden, através do jovem que se estica para alcançar uma maçã. Quais prazeres nos são afinal permitidos? Quais conhecimentos nos são pertinentes? Qual o nosso papel neste mundo?
Sobre a obra, Gauguin escreveu: “Para onde vamos? Para junto da morte de uma velha. Uma ave estranha e simples conclui. O que somos? Existência mundana. O homem de instinto fica imaginando o que tudo isso significa… Símbolos conhecidos congelariam a tela em uma realidade melancólica, e o problema apontado não seria mais um poema”.
A leitura da obra: seguindo a tradição oriental, a leitura da obra inicia-se à direita, com o pequeno bebê adormecido, passando pela juventude de corpos dourados e belos, culminando no corpo escuro da senhora de idade, à esquerda da composição.
O primitivismo: mais do que retratar culturas exóticas, Gauguin desejava integrar-se àquele mundo, tornando-se ele próprio um ser primitivo. Sua técnica rústica evoca uma arte elementar e simbólica.
A técnica: Gauguin utiliza cores puras na tela, privilegiando os tons complementares, especialmente o amarelo e o azul. Os contornos negros das figuras eliminam qualquer sugestão de tridimensionalidade.
O jovem colhendo uma fruta: ponto focal da tela, um jovem se estica para alcançar uma fruta, o que pode evocar os prazeres da juventude ou a busca pelo conhecimento – uma citação do mito de Eva e o Jardim do Éden.
A divindade: a escultura de uma divindade à esquerda da pintura é baseada em relevos polinésios. A figura, de um tom de azul, indica o mundo espiritual.
A natureza: as formas sinuosas e fluidas evocam a beleza do espaço natural, e as cores exaltam sua exuberância.

2 comentários: